Na tarde desta quarta-feira (28), o jornalista e apresentador do “Brasil Urgente” (Band), José Luiz Datena, protagonizou cenas que dividem opiniões.
Por aproximadamente 40 minutos, Datena negociou a rendição de um homem, que mantinha a irmã caçula e a própria mãe em cárcere privado na cidade de Diadema, no Grande ABC, região metropolitana de São Paulo. Segundo informações da própria emissora, a Polícia Militar de São Paulo solicitou auxílio do apresentador.
O papel da imprensa, questionado se traria benefícios ou não em casos como esse, é tema de discussões desde o fim trágico do sequestro de Santo André, onde Lindemberg Alves matou a ex-namorada, Eloá Pimentel, após vários dias de negociação.
Na época, a “espetacularização” do fato chamou a atenção por diversos veículos terem livre acesso ao sequestrador. Entrevistas com Lindemberg e transmissões ininterruptas do sequestro poderiam ter sido prejudiciais ao andamento das negociações com a polícia. Apresentadores, repórteres e diversos jornalistas, a todo momento, conversava com o sequestrador, limitando a atuação dos policiais.
Até mesmo um “tchauzinho” foi solicitado a Lindemberg enquanto emissoras de TV transmitiam ao vivo a notícia.
Criticando a atuação da mídia naquela situação, Datena aparece em várias gravações, no mesmo programa, criticando o “papel da imprensa, que se mete a negociador”.
No caso desta quarta-feira, convencido de que libertar os parentes era a melhor opção e de que a imprensa monitorava a ação policial, o sequestrador decidiu se entregar.
Dizendo-se desgastado, Datena pediu para deixar mais cedo o comando da atração. O repórter Márcio Campos assumiu o programa e esclarecendo, mais uma vez, que a polícia teria solicitado a participação do jornalista na rendição daquele sequestro.
ASSISTA A AÇÃO EXIBIDA NESTA QUARTA (29/11/2012) NO PROGRAMA “BRASIL URGENTE”