Desde que estrou em 2010, o “Conexão Repórter” parecia um produto perdido na grade do SBT. O jornalístico, apresentado por Roberto Cabrini, tinha mais repercussão do que audiência.
Com denúncias de abuso sexual e pedofilia cometidos por padres em Arapiraca (AL) e a venda de crianças recém nascidas nas regiões pobres do Brasil, o programa ganhou destaque na imprensa internacional logo em suas primeiras edições. Mais os índices continuavam estacionados, raramente ultrapassando a barreira dos 6 pontos.
Parece que agora vai. Desde o último dia 19, o programa de Cabrini começou a ser apresentado ás quintas após o tradicional “A Praça é Nossa”. Beneficiado pela (sempre alta) audiência do humorístico e apostando em temas polêmicos, o “Conexão Repórter” aumentou seus números, e alcançou a liderança no Ibope pela primeira vez.
No dia 04/01, ainda herdando baixos índices da novela “Amor e Revolução”, o programa relembrou os temas apresentados em 2011 e fechou na terceira posição com 4 pontos. Na semana seguinte, com uma reportagem sobre o mundo dos vendedores ambulantes de São Paulo, a audiência subiu para 6 pontos. Mesmo assim, manteve o terceiro lugar.
Com a alteração de dia e horário, em 19/01 o tema abordado foi a rotina dos “garotos de aluguel”. Com recorde, o programa alcançou 9 pontos, conquistando o segundo lugar.
Já na última quinta, o documentário especial sobre a epidemia do crack fez a atração do SBT liderar a audiência com 9 pontos.
Os dados de audiência referem-se á medição da Grande São Paulo pelo IBOPE e equivalem á cerca de 58 mil domicílios.