segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sensacionalismo: Para atacar Globo, Record distorce informações e compara BBB ao Diretas Já

Pela enésima vez, a Record provou que a qualidade na informação não é seu ponto forte. A emissora, que pratica intolerância religiosa abertamente na televisão e distorce fatos públicos com sensacionalismo e sem nenhuma credibilidade, exibiu na noite do último domingo, dia 22, uma matéria de 20 minutos com ataques diretos a uma de suas concorrentes.

Trata-se do conhecido meio de defesa dos interesses pessoais do bispo Edir Macedo Bezerra. Ele, vez ou outra, sai do campo religioso para as páginas policiais e utiliza o volumoso casting de sua rede de televisão para ataques a quem o desagrada.

Nos últimos anos, a Igreja Universal, seita religiosa comandada por Edir e mantenedora financeira da Record, usou e abusou do “jornalismo verdade” para se defender de denúncias de formação de quadrilha, estelionato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a Igreja utiliza o dinheiro dos fiéis para fins pessoais de seus vários dirigentes.

O recente caso de um suposto estupro ocorrido no Big Brother Brasil foi usado como justificativa para tal “cobertura”. O objetivo é um só: atacar a Globo.

Com narração de Afonso Mônaco, a reportagem do Domingo Espetacular diz que tais cenas mostram a prática de um crime, o de abuso sexual dentro do reality show. Muito coerente, ela afirma que por ter exibido o vídeo na TV aberta, a Globo poderia ter seu sinal suspenso pelo Ministério das Comunicações. Mais as mesmas imagens foram usadas em diversos horários da flutuante programação da própria Record.

Na semana passada, a emissora também usou boa parte de sua programação matutina para falar do caso, e claro, faturar em cima da história (bem ao modo da casa).

 

SEM CREDIBILIDADE

Em determinado ponto da reportagem, um texto de Maurício Stycer, crítico e jornalista do UOL, é completamente distorcido. A reportagem diz que ele compara o caso do BBB ao movimento das “Diretas Já” e á famosa edição do debate entre Lula e Collor no ano de 89, lembrando os “piores momentos da Globo de sua história”. Stycer até faz menção ao Diretas Já, mais não cita a edição do debate de 1989, como sugeriu a Record. A emissora reconheceu o erro no dia seguinte.

Porém, em seu portal na internet, não é mais possível assistir á reportagem completa. Os trechos que evidenciam essa atitude foram apagados e o vídeo, vejam só, editado. Um exemplo claro do mau jornalismo praticado.

 

CONTRADIÇÃO

As acusações contra o jornal Folha de S. PauloAs acusações contra o jornal Folha de S. Paulo

As acusações contra a Revista VejaAs acusações contra o Grupo Abril, editora da Veja

Sentindo-se perseguida pela mídia, qualquer nota que seja desfavorável á imagem da Record, de seus dirigentes e membros do clã da Igreja Universal, são duramente criticadas pela emissora. Tudo a mando do bispo.

A Folha de São Paulo, o portal UOL e a revista Veja já tiveram a sua credibilidade questionadas em extensas reportagens nos mais diversos telejornais da casa. As mesmas que, por incrível que pareça, hoje são usadas como fonte de informação para suas acusações.

Dá pra acreditar?

 

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