terça-feira, 15 de março de 2011

CQC estreia nova temporada e cria polêmica com “símbolo” na abertura; Entenda

A identidade visual do programa CQC sempre foi um dos grandes acertos da atração, além dos tantos outros que a crítica já reconheceu ao longo desses três anos no ar. Ao mesclar, jornalismo, humor e entretenimento de forma descontraída e informal, o programa soube utilizar-se bem dos interessantes recursos visuais e vinhetas que se renovam a cada temporada. A produção dessas vinhetas ficam por conta da Quatro Cabezas, a produtora argentina dona do formato da atração.

Nesta segunda, dia 14, não foi diferente. Estreia de nova temporada, expectativas nas novidades após o período de férias e, conferir o novo pacote gráfico do programa.

Esse ano, a temática fica por conta da “exploração dos mundos”. De cima pra baixo, é mostrado diferentes ambientes, como o “submundo” com fogo e cores quentes, passando pela terra onde há raios e maquinários, até chegar ao topo onde há nuvens e cores claras, além de elementos que condizem com o “paraíso”, assim por dizer. Ambiente que encerra essa exploração mostrando o logotipo do programa.

Uma excelente e, como não poderia deixar de ser, futurista vinheta (por conseguir agregar num só plano visual, vários elementos e recursos digitais, o que poucos na TV do Brasil conseguem sem criar aquela confusão toda) que como as outras sempre impressionam pelos conteúdos apresentados.

 

 

 

Bom, até aqui tudo normal. Apesar da criatividade na elaboração desses novos recursos, o que chamou a atenção de algumas tantas pessoas, que a meu ver, se preocupam demais em acreditar em simbologias, crendices e afins, foi essa parte da abertura:

 

 

Já de algum tempo, circulam vídeos e textos via e-mail de uma tal Illuminati, ou “os iluminados de ideias radicais que se rebelaram contra a Igreja no século 18 e se misturaram à maçonaria para criar a mais poderosa organização subterrânea que já existiu, com os ideias de dominar o mundo”.

A simbologia mais conhecida dessa, digamos seita, que ressurgiu após a popularização de jogos RPGs, filmes de ficção científica e pela popularização cada vez mais inconsequente dos meios digitais é, a “pirâmide do olho que tudo vê”, sinistro.  Reza a lenda, que a pirâmide de cabeça para cima representa um mundo, pirâmide de cabeça para baixo o outro mundo e se tiver o olho é porque conseguem ver esses dois mundos.

Ou seja, a “pirâmide do olho que tudo vê” da abertura do programa representaria esse outro mundo, que também vê o outro mundo, não muito longe do tema proposto nessa nova criação visual, a “exploração dos vários mundos”.

E o porque da polêmica? É a espécie de “telefone sem fio”, lembra da expressão? Podemos contar “batata doce” para uma pessoa, mais que chegará na décima como “cenoura verde”. Uma história que vai passando de boca em boca, criando-se simbologias fúteis e um tanto quanto bobas. Crendices medíocres como elementos de manipulação visual que, pelo simples fato de aparecer uma figura em determinado lugar, você fica alucinado, fica íntimo do capeta… (sic)

É incrível de que em pleno século 21, muitas pessoas se ocupem em manter vivo esse tipo de pensamento que foi abolido no passado. E mais incrível ainda, ver pessoas que levam a sério isso tudo.

Bom mesmo é crer que, mais cedo ou mais tarde, o pessoal vai pelo menos se ocupar em fazer algo útil por aí e parar com baboseiras, né? Vamos torcer.

Posted in  on março 15, 2011 by Thiago Cipriano |