Praticamente todos os grandes jornais do Brasil já possuem aplicativos especiais, feitos exclusivamente para o iPad. É um tanto quanto normal disponibilizarem por um período, a degustação do serviço de graça a todos os usuários. Para tentar fisgar o interesse do leitor que já é, mas quer entrar na novidade também, ou mesmo aqueles que pretendem ser um assinante, a facilidade e conforto na leitura em um tablet é o maior dos pontos que contam a favor dessa nova maneira de se atualizar com os jornais diários.
Com esse objetivo, e com o número de usuários cada vez maiores trocando a papelada diária pelo download no tablet, alguns jornais que disponibilizaram inicialmente suas edições impressas na íntegra e de graça, começaram a cobrar pelo serviço. Entre eles está o Estadão, um dos mais conhecidos e importantes jornais do país, que orgulha-se em ostentar o status de “primeiro jornal brasileiro a possuir um aplicativo especialmente feito para iPad” desde abril de 2010, ou seja, meses após o início das vendas nos EUA e muito antes do início aqui no Brasil.
De lá pra cá, ouve várias atualizações no aplicativo. A maioria delas, para correções de bugs (devido as constantes atualizações do sistema iOS, que opera no iPad) e até modificações na aparência do layout. Tudo sem mexer no conteúdo impresso do jornal, que ainda era gratuito. Era.
No dia 31 de março deste ano, o Estadão anunciou que a festa tinha acabado e, para ler o jornal como ele sai nas bancas, só assinando a versão digital. A cobrança do serviço já é feita há algum tempo e limitava-se ao uso exclusivo em um computador, com leitura online ou download do arquivo em PDF da edição pelo preço de 29,90 mensais.
Porém, para transformar a atualização do conteúdo gratuito para a versão paga, seria necessária uma atualização do aplicativo. E foi o que a empresa fez. No dia 1º de abril disponibilizou a versão 1.3.1 na App Store sob o pretexto de “melhoria de performance, estabilidade e correção de bugs.”:
Quem atualizou viu que na verdade, servia justamente para trancar a edição impressa, e quem fazia a leitura diariamente, agora assinasse o serviço (na qual é a maneira correta) para ter de novo o jornal na íntegra.
Mas, quem não atualizou ainda tem acesso á versão do jornal impresso. Ou seja, mesmo não sendo assinante do jornal, não pagando os 29 reais mensais do serviço, os usuários que não caíram na besteira de atualizar o aplicativo, continuam usufruindo o serviço, de graça, mesmo que ele tenha se tornado pago desde 1º de abril.
Até agora não há impedimentos na leitura. As atualizações que são necessárias em todos os aplicativos para as correções de erros diversos (links quebrados, abas que não abrem, encerramento do aplicativo sem a ação do usuário…), até o momento, não fazem falta e o aplicativo continua funcionando perfeitamente. Óbvio que o serviço (da forma como está) deve ser descontinuado e mais cedo ou mais tarde, teremos (me incluo nessa :D) de pagar para ter o jornal na íntegra.
Mais vale uma dica pra quem usa o gadget: atualização, somente quando necessário. Mesmo.
APLICATIVOS
Abaixo, alguns links para o download dos aplicativos de jornais brasileiros (exceto o do Estadão, claro) que ainda disponibilizam suas edições impressas de graça aos leitores:
OBS: Dependendo do dia em que você estiver lendo esse post, alguns aplicativos mencionados já podem estar operando na versão paga do serviço. Estamos avisados ;D