Desde que anunciou que sofre de um câncer na laringe, o ex presidente Luís Inácio Lula da Silva voltou (se é que um dia saiu) a ser assunto nos noticiários. O assunto virou destaque em todas os veículos.
Em sua edição de 29 de outubro, o Jornal da Record exibiu uma reportagem sobre a repercussão do anúncio da doença entre as personalidades do cenário nacional. Porém, a sede por informação sem a devida checagem acabou por gerar uma (já surrada, é verdade) gafe jornalística. A equipe trocou gato por lebre.
A jornalista Renata Varandas lê uma suposta frase de Lula no Twitter falando sobre a doença. O fato é que Lula não possui conta de usuário no microblog. O “jornalismo verdade” não corrigiu a informação.
Desde que a instantaneidade na informação virou uma fonte de ouro para o jornalismo mambembe, outros tantos veículos já foram vítimas desses perfis falsos em várias redes sociais.
Em 2009, um perfil falso do jogador chileno Valdívia enganou a imprensa esportiva, informando sobre a possível conversa com dirigentes do Palmeiras. Já em 2010, a prestigiada Jovem Pan AM acreditou que Hebe Camargo – na época internada para tratamentos de quimioterapia – “brincava de corrida com a cadeira de rodas” no corredor do hospital. Até Fiorella Matheis acreditou que Nair Bello estava no Twitter, 2 anos após sua morte.
Acontece.