Ele surgiu para frear o crescimento dos programas de auditório. Desde sua estreia, há 38 anos atrás, é líder de audiência em todo o Brasil. Criou tendências, debates. Foi (e ainda é, não como antes), um dos mais importantes programas jornalísticos do país e o mais tradicional dominical da televisão brasileira. Todos esses adjetivos não foi suficiente para a assustadora queda de audiência do Fantástico.
O “Show da Vida”, apelido que ganhou ao longo desses anos, entrou numa maré de azar sem precendentes. Há quem diga que a causa da queda nos índices seja a sua falta de identidade. Outros afirmam que a principal causa é o enfraquecimento causado pelos programas semelhantes que surgiram, entre eles o Domingo Espetacular.
Com quadros de entretenimento e jornalismo, o “Fantástico” foi o percussor da chamada “revista eletrônica”. A fórmula, já desgastada, teve leves alterações ao longo dos anos. Mas nada que possa ter revertido o declínio do programa.
Prova disso foi a repentina saída de seus jurássicos apresentadores, Pedro Bial e Glória Maria em 2007 para a entrada dos “novos”, Zeca Camargo e Patrícia Poeta, e na aposta de mini realitys dentro da atração. Que na realidade não surtiu efeito algum.
Confira os dados de audiência do programa de 2004 a 2010:
Esteticamente o Fantástico é bem produzido, se perdeu quando deixou de lado o jornalismo ao dar mais espaço ao entretenimento. Foi apático ao ver a concorrência crescer naquilo que sempre foi destaque: grandes reportagens.
Mesmo com as estreias recentes (entre eles, o quadro onde os próprios apresentadores encaram uma dieta), audiência ainda não reagiu. Parece ser a única que irá de fato emagrecer esse ano.