segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Conheça “Pé na Cova”, novo seriado da Globo

Morte. Uma certeza na vida de todos, mas extremamente misteriosa. Tão misteriosa que pode dar medo, mas não para aqueles que fazem dela o seu ganha-pão. Já imaginou ser maquiador de defuntos? E colocar a roupa no “presunto”? Tenta pensar como é dirigir todos os dias um carro com um caixão dentro – cheio, é claro! Agora imagina essas profissões executadas por pessoas completamente birutas e miseráveis, que não conseguem o tão desejado upgrade social. Assim é “Pé na Cova”, seriado de Miguel Falabella, direção geral de Cininha de Paula, direção de Cris D’Amato e direção de núcleo de Roberto Talma, com estreia no dia 24 de janeiro.

Foto: Renato Rocha Miranda/TV GloboUm grupo de pessoas excêntricas cujo negócio é a morte. São loucos, sim. Tão loucos que inventam coisas curiosas, nada convencionais, como velório drive thru e sanduíches temáticos em parceria com a carrocinha da esquina – morte-natural, caixão-quente e x-túmulo são alguns exemplos. Mas, apesar de tanta loucura, não deixam de experimentar as relações humanas de uma família comum. O estabelecimento que reúne a família Pereira e seus agregados não poderia ter um nome mais apropriado: F.U.I. – Funerária Unidos do Irajá. É ali que circula o núcleo principal do programa que tem a morte e a comédia como pontos centrais. Para que eles sejam felizes, alguém tem que estar infeliz!

 

“A morte é o nosso negócio. A sua tristeza é a nossa alegria”

Foto: João Cotta/TV GloboÉ com esse lema que os personagens sobrevivem, repletos de imperfeições e beirando o absurdo, moldados pelo humor irreverente de Miguel Falabella. “Pé na Cova” trata a morte de forma leve, lúdica e divertida. Ambientado em Irajá, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, o seriado tem 14 personagens fixos, que tentam lidar com seus sonhos e frustrações, sempre de forma muito bem humorada. Falabella, o protagonista, é Ruço, apelido de Gedivan Pereira, patriarca da família disfuncional que luta para sobreviver, ironicamente, através da morte. Herdou do pai a F.U.I., estabelecimento no qual a vida de todos transcorre. Visando incrementar o faturamento, instalou uma capela na funerária para velar os defuntos ali mesmo, o que só fez aumentar a possibilidade de confusões.

A família desarranjada e a vizinhança do Irajá

Na história da excêntrica família Pereira e seus agregados, os personagens são a grande tônica da comédia. Ruço (Miguel Falabella) é casado com Abigail (Lorena Comparato), mais conhecida como Bibi. Trinta anos mais nova, ela vive desiludida com o marido, apesar de amá-lo bastante. Quer fazer uma plástica, mesmo que não precise, e sonha em morar na zona sul.

Foto: João Cotta/TV Globo

Com eles, moram a ex-mulher de Ruço, Darlene (Marília Pêra), maquiadora oficial dos defuntos, e os dois filhos que teve com ela, Alessanderson (Daniel Torres) e Odete Roitman (Luma Costa). A ex é uma sessentona enxuta e costuma errar a mão ao exagerar na maquiagem, mas, nos poucos momentos em que não está sob o efeito do álcool, ela até que dá um jeito nos “presuntos”. Odete é a filha mais velha e está sempre às voltas com problemas financeiros, obrigando o pai a engolir os trocados que ela descola se exibindo na web. O filho é iletrado, mas quer ser vereador e faz de tudo para angariar votos. Não deixa escapar nem o negócio do pai, mesmo a contragosto do coroa.

Ruço também não conseguiu deixar de lado sua antiga babá, conhecida como Bá (Niana Machado), uma senhorinha que já não se lembra de nada e serve de bode expiatório em diversas situações.

Estranhos como eles, os agregados reforçam o time de esquisitos do Irajá. Tamanco (Mart’nália) tem uma oficina ao lado da F.U.I. e, muitas vezes, quebra um galho para Ruço. É uma borracheira de sucesso e namora Odete Roitman. Marcão (Maurício Xavier) é o irmão de Tamanco. Ele a ajuda na administração da oficina e, apesar de ser muito macho nas horas apropriadas, se traveste glamourosamente em Markassa quando quer.

Foto: João Cotta/TV Globo

Juscelino (Alexandre Zacchia) tem idade meio indefinida, embora não seja mais criança. Acredita-se que seja meio cego, meio surdo, meio burro, meio louco. Ele é um faz-tudo da funerária – só que tudo errado. Normalmente é ele quem dirige o rabecão, apesar de ser péssimo motorista. Sua irmã, Luz Divina (Eliana Rocha), é a responsável pela choradeira nos velórios. É tão surtada que é capaz de jogar pedras para o ar.

Adenóide (Sabrina Korgut) é a empregada doméstica da família Pereira. Sem dúvida é a mais pobre de todas e só tem história de miséria absoluta para contar. Está ali por pura falta de opção, até porque está longe de ser uma profissional exemplar.

As gêmeas Soninja (Karin Hills) e Giussandra (Karina Marthin) são donas da carrocinha Cachorras-Quentes que fica bem pertinho da funerária. Aproveitam a proximidade para vender sanduíches com nomes nada convencionais, como X-túmulo e caixão-quente. Apesar de serem gêmeas, de parecidas só têm mesmo o jeito, e vivem explicando como a mãe pariu duas crianças de pais diferentes ao mesmo tempo.

E, para finalizar o time nada convencional do seriado, Floriano (Rubens de Araújo) é o vigilante de Irajá. Toma conta da vida de todo mundo e acha que os vizinhos causam transtornos no bairro. 

“Pé na Cova” é escrito por Miguel Falabella, tem direção de núcleo de Roberto Talma, direção geral de Cininha de Paula e direção de Cris D’Amato. O seriado vai ao ar logo após ‘Big Brother Brasil’.

Posted in  on janeiro 21, 2013 by Thiago Cipriano |