Com um jornalismo tendencioso, a Record promove uma campanha movida pelo sectarismo, pela má-fé e por claro intuito de intimidação.
Trata-se da arma utilizada pelo líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo Bezerra. O bispo, vez ou outra, sai do campo religioso para as páginas policiais. Ele utiliza o volumoso casting de sua rede de televisão para ataques a quem quer que seja.
Nos últimos anos, a Igreja Universal usou e abusou do “jornalismo verdade” da Record para se defender de denúncias de formação de quadrilha, estelionato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a Igreja utiliza o dinheiro dos fiéis para fins pessoais de seus vários dirigentes.
ATAQUE
Na reportagem exibida pelo “Jornal da Record” desta segunda, a emissora atacou a estreia do programa jornalístico da Folha de S. Paulo, que foi exibida pela TV Cultura. O pretexto é de que TVs públicas não poderiam ter em sua programação um programa jornalístico produzido por uma empresa particular.
O incoerente jornalismo da emissora de Edir destacou a influência que essas empresas teriam na linha editorial da TV pública. Conforme divulgado com antecedência pela própria Folha, a Cultura não vai interferir no jornalístico.
Logo no início da matéria, a Record classifica como “um retrocesso para a democratização da comunicação do Brasil” e mente quando informa que a emissora não chamou outros veículos. A TV Cultura, uma emissora do Governo do Estado de S. Paulo, também convidou, para produzir conteúdo no canal, a “Revista Veja”, os jornais “Valor Econômico” e “O Estado de S. Paulo”.
Ouvindo apenas líderes da esquerda paulista, historicamente contra os diretores da Fundação mantenedora do canal público, fica clara a tentiva de forjar uma “grande reação” por parte da opinião pública.
INCOERÊNCIA
Desmerecendo a concorrência, a reportagem destacou os “péssimos índices” alcançados pelo programa na faixa horária. Sem mostrar a comparação com os números da semana passada, onde a Cultura alcançou 0,7 ponto no Ibope, neste domingo, com a estreia, o canal subiu pra 1.
Mesmo assim, pra Record, os “baixíssimos índices” comprovou o fracasso da atração (isso com apenas 1 edição exibida). Vale lembrar que 80% da programação da TV Cultura raramente ultrapassa 1 ponto na audiência.
Ao final, o jornalista Eduardo Ribeiro destaca que o jornal estaria utilizando uma TV pública para interesses comerciais. É bom recordar que a mesma emissora que condena o eventual uso de TVs públicas por empresas privadas, utiliza uma concessão, também pública, para lavar dinheiro arrecadado de fiéis da IURD e propaga ideias tortas de enriquecimento divino.
Dá pra acreditar?
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